Callithrix penicillata (É. Geoffroy, 1812)
Nome popular: Sagui, mico-estrela, mico, saguim
Taxonomia: Classe: Mammalia; Ordem: Primates; Família: Cebidae
Distribuição geográfica: Sul, Sudeste, Nordeste e Oeste do Brasil
Endêmico no norte do Brasil e Exótico no sul do Brasil
Classificação IUCN: LC – Pouca Preocupação
Dimorfismo sexual: Não há
Tamanho médio: 49 a 54cm
Peso médio: 450g
Alimentação: Onívoro
Hábito: Social e diurno
Duração de vida: Até 17 anos
Ameaças: Tráfico de animais
O Sagui-de-tufo-preto (C. penicillata) é um primata pequeno e bem social, endêmico do Brasil e nativo do Norte do país. Forma grupos de até 8 indivíduos, que incluem o casal e seus filhotes. A relação entre os pais e os filhotes é bem forte, até mesmo o pai participa no cuidado parental, algo incomum entre mamíferos, e os irmãos mais velhos também participam do cuidado com os mais novos. Comunicam-se por assovios agudos, que podem ser imitados por gatos-maracajás, os quais mimicam vocalizações de saguis filhotes para chamar atenção dos primatas e caçá-los.
Os saguis filhotes passam por até 4 meses de gestação e, normalmente, os filhotes costumam ingerir leite materno até os 6 meses.
O Sagui-de-tufo-preto possui uma característica diferente de outros primatas, pois suas mãos, ao invés de unhas, têm garras, e seu tamanho é bem menor do que o comum. Dessa forma, este animal consegue facilmente se alimentar de diversos recursos, tais como flores, néctar, frutas e caça.
O Sagui-de-tufo-preto é, supostamente, exclusivo do cerrado brasileiro. Mas, vindo do tráfico ilegal, pois existe ainda uma procura em ter estes animais como se fossem de estimação, se estabeleceu na Mata-Atlântica do Sul e Sudeste brasileiro, sendo nestas regiões definido como uma espécie exótica. Devido à sua especialização única nas mãos e dieta onívora, desestabiliza principalmente populações de aves, tais como o Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), cujos ovos são ingeridos em grande quantidade por este macaco. A alimentação humana, eventualmente disponibilizada, torna esta espécie sinantrópica, fazendo com que invada áreas urbanas em busca de comida. Assim, é recomendado que se deixe o animal procurar alimento por sua conta, não tirando sua independência.
Texto:
Castro, C.S.S. Tamanho da área de vida e padrão de uso do espaço em grupos de sagüis, Callithrix jacchus (Linnaeus) (Primates, Callitrichidae). Revista Brasileira de Zoologia. 2003; 20 (1): 91-96.
Heymann, E.W. Marmosets, tamarins, and Goeldi’s monkey. In: Hutchins, M., Kleiman, D. G., Geist, V. & McDade, M. С. Grzimek’s Animal Life Encyclopedia – Volume 14, Mammals III. 2 ed. [S.l.]: Gale; 2004. p. 115–135. ISBN 0-7876-5790-5
Rylands, A.B. & Mittermeier, R.A. The diversity of the New World Primates (Platyrrhini). In: Garber, P.A., Estrada, A., Bicca-Marques, J.C., Heymann, E.W. & Strier, K.B. South American Primates: Comparative perspectives in the study of behavior, ecology, and conservation. Springer; 2009. p. 23–54.
de Oliveira Calleia, F., Rohe, F., & Gordo, M. Hunting strategy of the margay (Leopardus wiedii) to attract the wild pied tamarin (Saguinus bicolor). Neotropical Primates. 2009; 16(1): 32-34.
Imagens:
Sagui-de-tufo-preto adulto. Disponível em: https://www.biodiversity4all.org/photos/17081043?size=original
Sagui-de-tufo-preto comendo alimento dado por uma pessoa. Evite alimentar animais silvestres. Disponível em: https://educacao.curitiba.pr.gov.br/conteudo/sagui-de-tufo-preto/12792
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