A Rolinha-roxa (C. talpacoti) vive em áreas abertas e o desmatamento facilitou sua expansão, especialmente nas áreas formadas para pasto ou agricultura de grãos. Por isso, historicamente é uma das primeiras espécies brasileiras a se adaptar ao meio urbano. Costuma ser encontrada em maior quantidade em locais alterados pelo homem do que em seu próprio habitat original, que são as áreas de cerrados e campos.

Seus ninhos, em formato de pequenas tigelas de ramos e gravetos, feitos entre cipós ou galhos, são construídos em árvores baixas e altas, às vezes em cachos de banana, ou em calhas das casas e nos telhados.

São muito agressivas entre si, embora possam formar grupos. Os casais disputam alimentos e defendem seus territórios, usando uma das asas para dar fortes pancadas no oponente.

O macho, com penas marrons avermelhadas, contrasta com sua cabeça cinza azulada. A fêmea é toda parda. Nos dois sexos, sobre a asa, há uma série de pontos negros nas penas. Os filhotes saem com os traços da plumagem de cada sexo. O macho também possui um canto monótono, de dois chamados graves e rápidos, repetidos continuamente por vários segundos. A fêmea põe 2 ovos, chocados pelo casal entre 11 e 13 dias. Os filhotes saem do ninho com, no máximo, 2 semanas de vida. O casal, às vezes dois dias depois, já inicia nova ninhada, quando as condições ambientais o permitem.