Myocastor coypus (Molina, 1782)
Nome popular: Nútria, caxingui, ratão-d’água
Taxonomia: Classe: Mammalia; Ordem: Rodentia; Família: Echimyidae
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile
Nativo
Classificação IUCN: LC – Pouca Preocupação
Dimorfismo sexual: Diferenças morfológicas leves
Tamanho médio: 90cm a 1cm de comprimento
Peso médio: 4kg a 8kg
Alimentação: Plantas aquáticas
Hábito: Social e diurno
Duração de vida: Até 3 anos
Ameaças: Tráfico animal e caça
O Ratão-do-banhado (M. coypus) é um roedor grande e pesado, mas maior ainda são seus característicos e coloridos dentes alaranjados. Esta coloração se deve ao hábito de roer em conjunto com sua alimentação. Sua alimentação é bem seletiva, comendo quase que exclusivamente plantas monocotiledôneas aquáticas, principalmente a Lentilha d’água, mas também pode ingerir plantas próximas da água assim como caramujos e pequenos peixes. Por ser um animal semiaquático, possui algumas adaptações marcantes. Seus dedos apresentam membranas interdigitais para facilitar a natação, e seus pelos são densos e macios.
Em suas grandes colônias, constroem plataformas com palhas e juncos que usam para descansar, mas também podem cavar profundas tocas no solo, ao longo de trechos de água. Nessas colônias, há tanto machos quanto fêmeas. Estas têm 2-3 ninhadas por ano, cada uma com 5-7 filhotes. A gestação dura cerca de 130 dias e os filhotes amadurecem rapidamente, permanecendo com as mães por 1-2 meses.
O ratão-do-banhado foi introduzido na América do Norte, Europa, Ásia e África, principalmente por fazendeiros pela sua pele e carne. Por isso, é considerado como espécie exótica invasora nestas regiões, onde é caçado pois, na agricultura europeia, os terrenos agrícolas se estendem até os corpos d’água, atraindo ratões que destroem plantações, algo que não ocorre no Brasil.
Texto:
Amaral, K. B. do (2015). Estudo comparativo da esquistossomose mansônica no reservatório silvestre Nectomys squamipes naturalmente infectado e no modelo experimental camundongo Swiss: análises histopatológicas, bioquímicas e ultraestruturais. [Tese de Doutorado]. Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora.
Bavaresco, J., Ronnau, M. & Birck, A. J. (2017). Morfologia do dente do Nutria (Myocastor coypus). Revista Científica de Medicina Veterinária, 14(29): 1-14.
Guichón, M. L., Benitez, V. B., Abba, A., Borgnia, M. & Cassini, M. H. (2003). Foraging behaviour of coypus Myocastor coypus: why do coypus consume aquatic plants? Acta Oecologica, 24(5-6): 241-246.
Imagens:
Ratão-do-banhado adulto com os dentes laranja visíveis, em Ein Iron. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Myocastor_coypus
Ratão-do-banhado filhote, com dez dias de idade, na Instituição Slavne, Vinnytskyi Raion, Ucrânia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Myocastor_coypus (acesso em 06/05/2025)
Imagem de ratões-do-banhado sobre plataformas de juncos. Disponível em https://www.dreamstime.com/photos-images/sleeping-nutria.html
Toca do Ratão-do-banhado. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=UXBk-wfWn4I
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