Puffinus puffinus (Brünnich, 1764)
Nome popular: Pardela-sombria, Bobo-pequeno
Taxonomia: Classe: Aves; Ordem: Procellariformes; Família: Procellaridae
Distribuição geográfica: Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil
Nativo
Classificação IUCN: LC – Pouca Preocupação
Dimorfismo sexual: Não há
Tamanho médio: 30 a 38cm de altura e 76 a 89cm de envergadura
Peso médio: 350 a 575g
Alimentação: Pequenos peixes, calamares e crustáceos
Hábito: Social e diurno
Duração de vida: Até 55 anos
Ameaças: Caça e competição com espécies exóticas
A Pardela-sombria (P. puffinus) é encontrada nas águas do Atlântico Norte e do Atlântico Sul. Alcança a costa brasileira entre os meses de setembro a março, entre os estados do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul, Argentina e África do Sul (inverno no hemisfério norte). A pardela nada e mergulha para se alimentar, e não vai muito fundo a partir da superfície da água.
Normalmente, não se alimenta em bandos grandes, mas é um animal gregário, vivendo principalmente sobre a plataforma continental, onde pode seguir embarcações, atividade registrada desde as cartas de Pero Vaz de Caminha.
Em ventos fortes, é capaz de planar com poucas batidas de asa e apresenta voo com disparos de movimentos rápidos de batidas de asa, alternando com deslizamento sobre ondas. Geralmente silenciosa quando no mar, é barulhenta quando em colônias para reprodução, em ilhas em ambos os lados do Atlântico Norte (acima de 30 graus norte), de maio a setembro, principalmente nas ilhas da Grã-Bretanha e da Irlanda e nas Ilhas dos Açores, Madeira e Canárias. Às vezes, nidifica em zonas continentais próximas do mar, em locais elevados. Nidifica em tocas, que visita apenas à noite. Durante a época de reprodução, as aves viajam regularmente entre sua colônia e áreas de alimentação distantes da costa, que podem chegar a 1 500 km de distância.
A estação de procriação começa em março. Para iniciar a estação de reprodução, os machos tomam tocas abandonadas de coelho e então atraem as fêmeas, chamando-as lá de dentro.
O ovo, único, posto no meio do mês de maio, é incubado por 47 a 55 dias e o primeiro voo acontece depois de 62 a 76 dias.
Logo depois, começa uma jornada de duas a três semanas para chegar aos locais onde passa o inverno do hemisfério norte, a saber, na costa do Brasil, Argentina e Uruguai. Atinge a maturidade sexual aos 5 ou 6 anos.
Não há dimorfismo sexual. Suas partes superiores são negras uniformes, inclusive os lados da cabeça e o pescoço, as partes inferiores brancas, sendo bem demarcada a transição entre o negro das partes superiores e o branco das partes inferiores. A face inferior das asas e a área abaixo dos olhos são brancas, o bico fino e preto, pernas e dedos rosados com membranas interdigitais cinza-azuladas.
Texto:
Sick, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira: Rio de Janeiro; 1997.
Sigrist, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil. São Paulo: Editora Avis Brasilis; 2009.
Imagens:
Imagens de pardela-sombria adulta e filhote. Disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/pardela-sombria
Filhote de Pardela-sombria. Disponível em : https://x.com/SkokholmIsland/status/810217659610628096
Pardela-sombria adulto na entrado do ninho. Disponível em https://www.alamy.com/stock-photo-manx-shearwater-puffinus-puffinus-adult-sitting-at-nest-burrow-entrance-47737268.html
Imagem do mapa de migração. Disponível em: https://www.instagram.com/p/C2zmo0OLyY8/?img_index=3
Tocas cobrindo a paisagem na ilha de Skomer, local onde a Pardela-sombria nidifica. Disponível em https://greenmarked.it/close-to-the-water-far-from-home-manx-shearwaters-on-migration/
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