Características gerais: Árvore de grande porte, podendo atingir entre 20 e 30 metros de altura, com tronco reto, cilíndrico e casca espessa, de coloração acinzentada a parda. Suas folhas são simples, alternas, de formato ovalado a elíptico, com textura coriácea e borda inteira. Natural da Mata Atlântica e da Amazônia, também ocorre em áreas de transição com o Cerrado, sempre em florestas úmidas, principalmente de terras baixas. A licurana desempenha papel relevante na estrutura das florestas tropicais, sendo uma espécie clímax, de crescimento mais lento, que ocorre em florestas maduras.

Floração: Ocorre geralmente entre os meses de setembro e novembro. As flores são pequenas, esverdeadas e pouco vistosas, polinizadas por insetos. A espécie é dioica, ou seja, possui flores poliníferas e ovulíferas em plantas distintas.

Frutificação: Seus frutos são bagas pequenas, consumidas por aves e mamíferos frugívoros, promovendo a dispersão zoocórica das sementes e contribuindo para a manutenção da biodiversidade.

Status de conservação: Pouco Preocupante (LC).

Uso popular: A madeira é seu principal recurso explorado. Algumas comunidades tradicionais também atribuem à casca propriedades medicinais, como o uso de decocções para tratar infecções e inflamações, embora esses usos ainda não estejam cientificamente validados. Dada sua importância ecológica e econômica, a licurana vem sendo considerada em projetos de restauração florestal e plantios comerciais sustentáveis, especialmente em áreas onde a recomposição da floresta com espécies nativas de valor agregado é desejada.