Didelphis albiventris (Lund, 1840)
Nome popular: timbu, cassaco, saruê, sariguê
Taxonomia: Classe: Mammalia; Ordem: Didelphimorphia; Família: Didelphidae
Distribuição geográfica: Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, além do Paraguai, Bolívia e Argentina
Nativo
Classificação IUCN: LC – pouca preocupação
Dimorfismo sexual: Presença de marsúpio nas fêmeas
Tamanho médio: 80cm a 1,1m
Peso médio: 450g a 2,5kg
Alimentação: Onívoro oportunista
Hábito: Solitário e diurno
Duração de vida: de 2 a 5 anos
Ameaças: Caça
O Gambá-de-orelha-branca (D. albiventris) é um marsupial, similar ao Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita), ou seja, as fêmeas têm o marsúpio, uma bolsa de pele, como a de cangurus, coalas, equidnas e outros, onde crescem seus filhotes. Os filhotes começam a se desenvolver no marsúpio e, depois de um tempo, os pequenos gambás saem da bolsa materna e se prendem ao corpo da mãe. Esta protege seus filhotes arduamente, de tal forma que a gambá fêmea é mais territorialista do que o macho.
Alimenta-se de frutos, sementes, pequenos mamíferos e insetos, de forma variável ao longo do estágio de vida. Os filhotes tendem a se alimentar de frutos com sementes pequenas, enquanto os adultos ingerem sementes maiores. E, por conta desta diferença alimentar dos adultos e dos filhotes, um único gambá dispersa uma grande diversidade de sementes. Além de frutas, os gambás também realizam a predação oportunística de aranhas, escorpiões e até morcegos, ao encontrá-los feridos, ou de fácil acesso.
Mapa de distribuição geográfica do gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) no Brasil.
Gambá-de-orelha-branca adulto.
Gambá-de-orelha-branca adulto com filhotes no marsúpio.
Gambá-de-orelha-branca adulto fêmea com filhotes em árvore.
Soltura de uma gambá-de-orelha-branca fêmea com seus filhotes, após a reabilitação no Cetas de Catalão.
Texto:
Brito, J. E., Gazarini, J. & Bernardi, I. P. (2007). Predação oportunística de morcegos por Didelphis albiventris (Lund, 1840) no sui do Brasil. Anais. VIII Congresso de Ecologia do Brasil. Caxambu-MG (pp. 1-2).
Cáceres, N. C. (2002). Food habits and seed dispersal by the white-eared opossum, Didelphis albiventris, in southern Brazil. Studies on Neotropical Fauna and Environment, 37(2): 97-104.
Cáceres, N. C., de Moraes Weber, M., Melo, G. L., Meloro, C., Sponchiado, J., Carvalho, R. D. S. & Bubadué, J. D. M. (2016). Which factors determine spatial segregation in the South American opossums (Didelphis aurita and D. albiventris)? An ecological niche modelling and geometric morphometrics approach. PloS One, 11(6): e0157723
Gazarini, J., Brito, J. E. & Bernardi, I. P. (2008). Predações oportunísticas de morcegos por Didelphis albiventris no sul do Brasil. Chiroptera Neotropical, 14(2): 408-411.
Imangens:
Gambá-de-orelha-branca adulto. Disponível em: https://www.reddit.com/r/portugal/comments/1dq8cs2/sauda%C3%A7%C3%B5es_do_brasil_estava_me_perguntando_qual_%C3%A9/
Gambá-de-orelha-branca adulto com filhotes no marsúpio. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gambá-de-orelha-branca
Gambá-de-orelha-branca adulto fêmea com filhotes em árvore. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/gambas/
Soltura de uma gambá-de-orelha-branca fêmea com seus filhotes, após a reabilitação no Cetas de Catalão. Disponível em: https://faunanews.com.br/gamba-especie-menosprezada-porem-importante/
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