Características gerais: É uma palmeira nativa do bioma Mata Atlântica, podendo chegar a até 20 metros de altura. Ocorre de locais úmidos e sombreados, sendo muito importante para a floresta, devido à interação com diversos animais que se alimentam de seus frutos. Possui estipe reto e fino, não ramificado, com uma gema apical que origina folhas grandes segmentadas no topo.

Floração: As flores são pequenas, de cor amarelada, em panículas (cachos compostos) grandes, que podem medir de 50 a 80 cm, protegidas por uma bráctea (espata) geralmente lenhosa. Cada grupo de flores tem uma flor pistilada entre duas estaminadas. As flores aparecem entre setembro e janeiro e atraem principalmente insetos polinizadores.

Frutificação: Os frutos são pequenas drupas redondas, de cor roxa escura quando maduras, entre abril e novembro. Têm pouca polpa rodeando um caroço. Muitos animais, como aves maiores e mamíferos, se alimentam desses frutos e ajudam a espalhar as sementes pela floresta.

Status de conservação: Vulnerável (VU), devido à intensa exploração em algumas regiões, já que a extração do palmito determina a morte da planta.

Uso popular: o principal produto é a cabeça do estipe, a gema apical rodeada pela bainha das folhas jovens, que constitui o palmito, uma parte macia e comestível, muito apreciada na culinária brasileira e internacional, especialmente para saladas, tortas e conservas. Suas folhas também são usadas em artesanato, na fabricação de cadeiras de palha por exemplo, e seu estipe serve para construções rústicas, como estacas e ripas. Os frutos alimentam animais silvestres e também são usados na produção de polpa para sucos, sorvetes, etc (açaí).