Athene cunicularia (Molina, 1782)
Nome popular: Coruja Buraqueira, Coruja-mineira, Coruja-cava-túnel
Taxonomia: Classe: Aves; Ordem: Strigiformes; Família: Strigidae
Distribuição geográfica: Sul, Sudeste, Oeste e Nordeste do Brasil, além de países andinos e países do sul da América do Sul, Central do Norte
Nativo
Classificação IUCN: LC – Pouca Preocupação
Dimorfismo sexual: Não há
Tamanho médio: 23cm a 27cm de altura, até 215g, 53cm a 61cm de envergadura
Peso médio: 170g a 215g
Alimentação: Pequenos vertebrados, insetos e outras aves
Hábito: Social e diurno
Duração de vida: Em média 9 anos
Ameaças: Perda de habitat e competição com espécies exóticas
A Coruja-buraqueira (A. cunicularia) é uma ave de rapina, de plumagem amarronzada com pintas brancas quando adulta e, como o nome indica, especializada na produção de túneis, onde vive com seu companheiro e prole. O casal de aves tem o mesmo hábito de caça e utiliza diversas estratégias para coletar recursos. Em um único dia, uma Coruja-buraqueira pode comer em média 22 vezes.
A explicação do alto número de caças é em função do seu alimento favorito: os insetos, em especial besouros, que podem compor até 90% da sua alimentação. Por conta desta preferência alimentar, as corujas buraqueiras desenvolvem a melhor técnica de coleta destes animais: na construção de seus ninhos, algumas Corujas-buraqueiras usam fezes de mamíferos na entrada e até no interior da toca, pois além de aquecer o ambiente, este material atrai grandes quantidades de besouros, tais como os escaravelhos, que abundam em ambientes repletos de dejetos para abrigar seus ovos.
Estas aves são pequenas, com até 27cm de tamanho, com envergadura de 61cm. Ainda que comam muitas vezes ao dia, são aves de até 215g. Interessantemente, ainda que o dimorfismo sexual seja pouco notável, a fêmea é maior e mais escura do que o macho. O casal de corujas coloca até 5 ovos em seu ninho, dependendo da disponibilidade de alimento, e o macho é responsável por defender a toca com os filhotes.
Texto:
Martins, M. A. R. C. I. O. & Egler, S. G. (1990). Comportamento de caça em um casal de corujas buraqueiras (Athene cunicularia) na região de Campinas, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Biologia, 50(32): 579-584.
Smith, M. D. (2004). Function of manure-scattering behavior of burrowing owls (Athene cunicularia). [Dissertação de Mestrado]. Tucson: University of Arizona).
Xavier, F. D. F. B. (2002). Ecologia e comportamento da coruja-buraqueira (Speotyto cunicularia) no cerrado. [Monografia de Graduação]. Brasília: Faculdade de Ciências da Saúde do Centro Universitário de Brasília.
Imagens:
Coruja-buraqueira adulta em Bertioga, SP. Disponível em: https://www.wikiaves.com.br/905038&tm=f&t=s&s=10530&o=mp&p=1
Coruja-buraqueira filhote em Cascavel, PR. Disponível em: https://www.wikiaves.com.br/wiki/coruja-buraqueira
Casal de Coruja-buraqueira. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/427701295855125076/
Coruja-buraqueria adulta com filhote. Disponível em: https://www.mundoecologia.com.br/animais/coruja-buraqueira-reproducao/
Coruja-buraqueira após uma caçada bem sucedida. Disponível em: https://the-avocado.org/2025/06/28/the-wpt-has-got-legs-for-miles/
Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE 2025