Caraterísticas Gerais: Árvore entre 15 a 30 metros de altura, com tronco retilíneo, casca fina e folhas simples, alternas, ovadas, com três nervuras principais bem visíveis — característica marcante que dá origem ao nome da espécie. Essa espécie é típica do bioma Mata Atlântica, ocorrendo desde florestas de baixada até regiões serranas. É encontrada em florestas secundárias, borda de floresta, clareiras e capoeiras, apresentando elevada capacidade de regeneração natural. Devido a essa característica, é considerada uma espécie pioneira a secundária inicial, sendo bastante empregada em projetos de restauração ecológica, onde sua rápida adaptação e crescimento ajudam a recompor a cobertura vegetal e melhorar as condições do solo.

Floração: A floração ocorre, em geral, entre os meses de outubro e novembro, com pequenas flores esverdeadas, dispostas em inflorescências do tipo racemo (cacho). Trata-se de uma espécie dióica com flores poliníferas e ovulíferas em plantas distintas, o que favorece a polinização cruzada por insetos.

Frutificação: Os frutos são cápsulas pequenas que amadurecem de dezembro a janeiro; as sementes são dispersas principalmente por aves e pequenos mamíferos, desempenhando um papel importante na sucessão florestal e na recomposição da flora local.

Status de conservação:  Pouco Preocupante (LC).

Uso popular: A madeira é leve, de baixa resistência mecânica e usada para caixotaria leve, miolo de portas, painéis. Embora não haja uso popular amplamente documentado, algumas espécies do gênero Alchornea são empregadas na medicina tradicional em outras regiões da América do Sul, o que sugere um potencial etnobotânico ainda pouco explorado.