Baguaçu
Magnolia ovata (A.St.-Hil.) Spreng.
Família: Magnoliaceae
Características gerais: Espécie endêmica do Brasil, do bioma Mata Atlântica. Árvore com 10 a 20 metros de altura, que ocorre tanto no interior de florestas primárias quanto em formações abertas secundárias, sempre em baixadas úmidas. A madeira tem baixa densidade, pouco resistente à umidade e insetos. A planta é perenifólia (não perde totalmente as folhas), com folhas simples, alternas, que tem de 25 a 30 cm de comprimento.
Floração: As flores, geralmente terminais e solitárias, são grandes, perfumadas e esbranquiçadas, com muitos estames. Surgem entre setembro e dezembro, atraindo besouros como polinizadores.
Frutificação: Os frutos são agregados, secos e se abrem irregularmente quando maduros entre outubro e dezembro, expondo sementes com arilo vermelho, atraídos por pássaros dispersores.
Status de conservação: Pouco preocupante (LC – Least Concern)
Uso popular: A madeira é usada para embalagens e caixotaria em geral e obras internas de carpintaria. A árvore têm características ornamentais, sendo recomendada para o paisagismo; como pioneira em terrenos brejosos, é recomendada para reflorestamentos em áreas ciliares. Tem valor econômico pelo óleo essencial das sementes (até 40%) para lubrificantes, e das flores, usadas na perfumaria; seus frutos são aproveitados em arranjos ornamentais. Medicinalmente, a casca é antitérmica, para tratar febres, indicando potencial farmacológico.
Referências:
Texto:
MELLO-SILVA, R. (in memoriam); PIRANI, J.R.; CORDEIRO, I. Magnoliaceae in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB8795>. Acesso em: 28 jul. 2025
Magnolia ovata (A.St.-Hil.) Spreng. Secretaria do GBIF (2023). Taxonomia da Estrutura Base do GBIF. Conjunto de dados da lista de verificação https://doi.org/10.15468/39omei Acesso em 28 jul. 2025.
KASSUYA, C. A. L., CREMONEZE, A., BARROS, L. F. L., SIMAS, A. S., DA ROCHA LAPA, F., MELLO-SILVA, R. & ZAMPRONIO, A. R. (2009). Antipyretic and anti-inflammatory properties of the ethanolic extract, dichloromethane fraction and costunolide from Magnolia ovata (Magnoliaceae). Journal of Ethnopharmacology, 124(3), 369-376.
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LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992, v. 1.
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Imagens:
GIEHL, E.L.H. (Coordenador) 2025. Flora digital do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. URL:https://floradigital.ufsc.br/open_sp.php?img=21935